domingo, 27 de junho de 2010

- Além de nós dois.

Não olhe para mim e ignore tudo o que já aconteceu. Você acha tudo isso uma grande perda de tempo? Algo com o qual o seu tempo é luxuoso demais para ser desperdiçado? Estou aqui bem em sua frente agora, apenas anciando por alguma resposta, alguma palavra, ou somente algum suspiro.
Eu te fiz feliz? Diga-me o que eu tenho que fazer para que isso possa acontecer novamente. Se eu me explicar, você não irá entender, e agora é tarde demais para voltar atrás. Mas acredite, eu ainda sou a mesma pessoa.
Agora tudo passou, me dê a chance de iniciar algo novo, algo diferente. Me deixe paralizar seus sonhos e torná-los somente de nós dois novamente.
Na verdade, bem no fundo, eu só rezo para que fique tudo bem...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

- Carta.

"Nesse curto tempo, não sei o que houve, realmente. Eu só sei que cada vez que ouço você falar das coisas que vieram antes e de tudo o que está acontecendo agora, e se referir à isso como um grande erro, me machuca. Pode parecer bobagem, mais para mim, o mais importante é o agora, porque é agora que eu tenho você, aqui, junto comigo. E pra mim, isso é tudo o que importa.
As coisas podem mudar, o tempo pode passar, mas nada irá apagar o que aconteceu e principalmente o que está acontecendo. Eu já não sei mais como agir, já não sei mais como pensar. Tudo o que eu faço, me leva até você, de uma forma ou de outra. E nesse instante, a única coisa que eu sei, é que eu amo você...

P.S.: Algum dia você irá se lembrar dessas breves palavras. Elas poderão mudar o rumo de sua vida, assim como mudaram o da minha.

De um amigo, que nunca lhe dirá Adeus."

- Acaso.

Essa escuridão tem um nome? Essa crueldade, esse ódio, como ele nos encontrou? Ela se meteu em nossas vidas, ou nós a procuramos e a abraçamos? O que aconteceu conosco, que agora mandamos nossos filhos para o mundo, como mandamos jovens para a guerra… Esperando que voltem a salvo, mas sabendo que alguns deles se perderão no caminho. Quando perdemos o nosso caminho? Consumidos pelas sombras, engolidos completamente pela escuridão… Essa escuridão tem um nome? Acaso, é o seu nome?.

- Pense.

Você já olhou para uma foto sua e viu um estranho no fundo? Te fez perguntar, quantos estranhos tem uma foto sua? Quantos momentos da vida dos outros nós fizemos parte? Ou se fomos parte da vida de alguém quando os sonhos dessa pessoa se tornaram realidade? Ou se estivemos lá, quando os sonhos delas morreram? Nós continuamos a tentar nos aproximar como se fossemos destinados a estar lá, ou o tiro nos pegou de surpresa? Pense… Podemos ser uma grande parte da vida de alguém e nem saber disso.

- Ouça.

Apenas entenda o que eu tenho a lhe dizer. Ouça querido, sua vida já não é a mesma. Hoje eu já cansei, de pra você não ser mais ninguém. O passado é nebuloso, e o futuro me deprime, só de pensar em você.
Quando a lembrança de você, voltar, a saudade irá apertar, e iremos lembrar que um dia existiu um alguém que apenas amor pediu, e você, que tanto lutou, fez questão de negar.
Sempre que olhar para trás, lembrará dos bons e maus momentos, de tudo o que passamos, e que agora já se foi.
Você lembrou, e ingnorou todos os fatos que me levaram até você, e hoje, apenas devo dizer. Lamentável toda essa situação, e que de nada adiantou, já agora, aqui com você eu estou.

- Devaneios.

Você está tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. O meu coração diz para eu não te esquecer, a maior parte do tempo sentei na calçada e pensei quantas vezes eu já chorei, mentindo entender.
Sempre que pensava em te ligar, meu orgulho falava mais alto e eu desistia no meio do caminho. Todos os dias foram assim, um passo de cada vez, respirando lentamente e rezando para não cair em prantos.
Eu somente sabia que nada iria mudar, nada mais seria igual à antes, nem mesmo o brilho que existiam em meus olhos, que agora, estão levemente negros à cada fisgada de dor que sinto em meu peito.
É uma sensação horrível, e que eu provavelmente nunca irei esquecer. Sentar na calçada, já não adianta mais... Mentir para mim mesma, já não adianta mais... Viver... Já não adianta mais.