quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

- Viagens e Descobertas.

28 dias viajando, 1 mês, e dessa vez fui para fora com uma maturidade diferente, com uma visão diferente da que eu tinha cinco anos atrás. Uma garota, uma mulher, sozinha e fora do país pela primeira vez com seus recém 18 anos não sabe muito bem sobre o mundo.. Mas agora eu sei que posso finalmente dizer que entendo as duas questões “não há lugar melhor que o nosso lar” e “pequenos gestos e pessoas podem mudar sua forma de pensar”.
Durante esse um mês, eu viajei com meus pais e minha irmã, minha família. Visitei lugares onde nunca estive e retornei ao primeiro lugar que fui, com amigos antigos e queridos que realmente nos fizeram e sempre fazem com que nos sintamos em casa. Esse período foi bacana, todos amadurecidos, com visões diferentes, tendo experiências diferentes, mas com aquela boa e velha convivência, aquela sensação de que “nos vimos semana passada”. Aquela saudade boa, tanto na vinda como na partida, mas a volta sempre aperta mais o peito.
Durante esse tempo, conheci pessoas com quem tive conversas que realmente me fizeram sorrir, pequenas conversas que me fizeram conhecê-las, conversas que me fizeram entender coisas que eu já pensava mas não sabia muito bem como interpretar.
Seguem três exemplos: o primeiro sendo de uma moça por volta de seus 20 e poucos anos, trabalhando em uma loja de roupas e no começo somente tentando entender as coisas que minha mãe tentava dizer para ela. Depois passamos a conversar e saímos da loja dizendo que ela agora era “parte da família”, pois achou nossa energia e humor ótimos, ficou feliz pelos 25 anos de casado dos meus pais e disse que adorou nossa família;
O segundo é um homem, em seus quase 40 anos, trabalhando na loja de conveniência do primeiro posto de gasolina aonde nos aventuramos, tentando descobrir como abastecer o carro com um cartão de crédito que não sabia se passava ou não. Ao ir pagar a gasolina dentro da loja, ele viu que não éramos de lá, através dos dados do cartão e nosso problema com o mesmo, e questionou o que eu achava dos Estados Unidos depois de me perguntar sobre o Brasil. Perguntou também qual lugar era melhor, e após eu dizer que ambos tinham seus prós e contras, ele finalizou com a frase que me fez pensar até agora: “Viajar é bom, mas não existe lugar como nossa casa. Aqui pode ser bom, mas tenho certeza de que lá é melhor, pois é lá que está sua vida”, e bem, agora eu vejo que concordo com ele;
E por último, uma moça, também nos seus 20 e poucos anos, trabalhando em uma loja de doces em Savannah. Quando começamos a conversar, eu disse que ela parecia sempre trabalhar feliz, pois o lugar aonde ela trabalhava era bastante alegre, afinal, quem não gosta de doces e não fica feliz com eles? Ela disse que sim, mas que não gostava muito de doces, que curtia mais ver as pessoas felizes e dava risada quando brincavam com ela dizendo que ela poderia comer todos os doces que quisesse. Após saber que éramos brasileiros, ela sorriu, dizendo que estava feliz por estar visitando o Brasil, um lugar que ela nunca havia conhecido, e que na semana anterior havia também visitado a Austrália e mais alguns países. O barato disso tudo é que ela se sentia feliz por isso, por conhecer histórias, e após conversarmos sobre nossa viagem de carro e a última que ela havia feito, brinquei dizendo que ela poderia nos visitar, que poderíamos ir à praia, beber uma cerveja. Ela logo negou, dizendo que não gostava de cerveja, preferia outras coisas e nos indicou um vinho que ela gostava muito. Nos despedimos, saímos de lá e dias depois experimentamos o vinho que ela havia nos indicado.

Vivenciar esses pequenos gestos, conhecer essas pessoas, realmente me faz feliz, e acho que isso é a melhor parte de uma viagem. Conhecer os lugares e as paisagens é ótimo, mas as pessoas, nossa.. Conhecer pessoas diferentes e trocar histórias é sempre o mais divertido, e fico feliz por dessa vez, ter maturidade o suficiente para absorver essa experiência toda, pois sei que na primeira vez não tive tanto, como sei também que as próximas serão ainda mais produtivas.

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