segunda-feira, 9 de novembro de 2009

- Morte.

Alguma vez, você ja parou para pensar, como é ter uma pessoa morrendo em seus braços? Todo o sangue e desespero, simplesmente cercando você, te deixando sem saída. O que você faria?
Pedaços de um carro em chamas, passando por cima de sua cabeça na hora da explosão, enquanto você decide quem morre e quem vive. A pessoa do outro lado da rua, presa entre as ferragens do carro, gritando por socorro até que seus pulmões não aguentem mais e ela morra por asfixia.
O velinho de bicicleta que está ao seu lado, sem as pernas por causa da explosão que o atingira, pois ele não era veloz o suficiente. Uma criança presa em um dos carros em chamas, pois não queria deixar seu pequeno cachorrinho para trás. Todas as decisões jogadas em suas costas, em questão de segundos, apenas esperando o tempo certo para serem tomadas.
O veneno do gás tóxico, de repente atrapalha seu raciocínio, e quando você menos espera, outra explosão ocorre, acabando com metade de sua equipe, e te deixando sem saber o que fazer. Pequenas decisões que eram difíceis, agora se tornam impossíveis.
Sete horas, Quarenta e Três minutos e Dezessete segundos... Esse foi o tempo necessário, para juntar tudo, e no final, apenas dizer que todos estavam mortos em seus braços.
O que você faria, quando de repente a chuva começasse a cair e apagar o fogo pouco à pouco, deixando somente a vista do que havia sobrado no local, e o estado dos que ainda conseguiram sobreviver?
Não fugiria, mas não hesitaria. Um instinto aguçado, que nos faz pensar rápido em situações difíceis toma conta de seu corpo, até que você cai em si, e percebe que tudo está perdido. Que o resgate demorará minutos para chegar, e em metade desse tempo, tudo irá explodir novamente, e você será o próximo. Sem dó, piedade, ou remorso. Apenas, dor e sofrimento...

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